Que futuro esperam as marcas de beleza independentes e mais pequenas?

Faz poucos dias que o grupo espanhol de moda e fragrâncias Puig anunciava a sua disposição para adquirir uma participação maioritária na britânica Charlotte Tilbury. E como elas, outras firmas preparam-se para futuras absorções. A pandemia está a acelerar processos, uniões, desprendimentos e fusões e a pergunta é óbvia: ¿qual é o futuro das marcas de beleza independentes?

No panorama mutável de beleza atual, as marcas independentes rara vez permanecem como tais durante muito tempo. As grandes empresas estão a “acabar” com marcas independentes a velocidade de cruzeiro.

O consumidor está a demonstrar o seu apetite voraz pela experimentação, mais de um terço dos compradores de cosméticos de cor feminina no Reino Unido comprou um produto no último ano sem o testar primeiro.

O atrativo das novas marcas de maquilhagem e cuidado da pele

Charlotte Tilbury é um exemplo perfeito de como as novas marcas podem ganhar rapidamente em atração. Apesar de ter sido fundada em 2013, o seu alcance é global, como a sua própria natureza. Só no Reino Unido mais de metade das mulheres tinham ouvido falar de Charlotte Tilbury enquanto que uma em cada dez utilizou a mesma e alguns dos seus cosméticos para maquilhagem.

Charlotte Tilbury diferenciou-se com êxito numa categoria abarrotada. Os consumidores ainda pensam que a marca é glamorosa e de alta qualidade fazendo-a crescer notoriamente.

A sua aquisição, portanto, vai ajudar a Puig a reforçar a sua posição no mercado da beleza, sobretudo porque a Puig é mais conhecida pelo seu negócio de fragrâncias pelo que esta absorção vai supor uma nova era para Puig que agora se tornará famosa no segmento da maquilhagem.

Mais aquisições de beleza por vir

Com a aquisição de Charlotte Tilbury por parte de Puig, o mercado não vai parar neste baile de compras. As grandes empresas de beleza vão continuar a adquirir pequenas marcas independentes para chegar a novos grupos de consumidores. Sem lugar para dúvidas, a Covid-19 golpeou e vai golpear as pequenas marcas independentes fazendo com que as ofertas de aquisição das grandes empresas sejam ainda muito mais atrativas.

Ainda que haja algumas exceções notáveis, como em tudo, as marcas independentes de cosméticos de cor estão a converter-se rapidamente numa raridade, o que significa que é provável que a ânsia de compra por parte dos grandes se centre a partir de agora na categoria de cuidado da pele, onde as marcas independentes não obstante, ganham clientes involucrando os consumidores com fórmulas sustentáveis, limpas e inovadoras dirigidas pelas tendências do mercado.